Os pilares da restauração

30/11/2011 12:36

Os Pilares para Restauração no Casamento

 

Quero iniciar essa mensagem com a seguinte frase:

“Não há casamento tão ruim que Deus não possa restaurar e nem casamento tão bom que Deus não possa melhorar”.

Quando você se casou é bem provável que você não visse os defeitos de seu cônjuge, ou até via, mas deixava de lado e com o passar dos anos eles vão se acentuando, a rotina e as responsabilidades vão se acumulando. Ninguém se casa pensando em se divorciar, mas com o tempo muitos de nós passamos a cogitar essa possibilidade.

Mas será possível obter restauração depois de tantos anos de mágoas mentiras acumuladas?

Isaias 59 : 1-2

“Eis que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem agravado o seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça.”

Deus pode sim restaurar seu casamento assim como já restaurou vários casais ao redor do mundo. Mas antes você precisa escolher abandonar o pecado que te distância de Deus. Não é fácil, você precisará de muita fé muita paciência e obediência a palavra do Senhor.

Muitas vezes seu conjuge pode não acreditar ou até mesmo não querer ver a restauração.

Em 2010 quando a crise de meu casamento se acentuou e então meu marido me falou que queria a separação eu não acreditei naquilo que eu estava ouvindo. Ele não queria mais e ponto final. Eu inicialmente buscava sozinha orava sozinha. Só mais adiante quando ele começou a ver minha mudança foi que ele se deu conta que estava aontecendo algo surpreendente em nossa relação, pois até mesmo os sentimentos dele Deus havia ressucitado.

Seu conjuge pode não estar vendo saída ou motivos para continuar ao seu lado neste momento, mas nosso Deus pode e vai mudar isso.

Principios para restauração matrimonial:

 

  • 1-Aprender a amar.

 

Efésios 5:28-29.

“Assim devem os maridos amar a suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo. Pois nunca ninguém aborreceu a sua própria carne, antes a nutre e preza, como também Cristo à igreja;”

Eu não estou falando de um amor qualquer estou falando do amor Ágape que é aquele amor com o qual Cristo amou sua igreja.

Vejamos algumas características desse amor:

1 Coríntios 13:4-7

 “O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece, não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal; não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.”
 

Uma das características mais relevantes desse amor é que ele não necessita de motivos para amar.

Torno a perguntar por que você ama seu cônjuge?

O amor Ágape ama incondicionalmente ele não precisa de motivos, não precisa receber nada em troca.

É com esse amor que você tem amado sua esposa? É com esse amor que você tem amado seu marido?

Você coloca as vontades dele antes mesmo das suas?

O amor te torna uma pessoa melhor mais paciente e mais bondosa. O amor põe de lado o egoísmo e prefere sempre servir o outro assim como Jesus fez.

O amor é uma decisão.

O amor pode ser governado. Podemos decidir amar ou não, assim como podemos decidir obedecer ou não a qualquer outro mandamento.

Alguns pensam que o amor apenas acontece, e não pode ser dominado: você "se apaixona" ou deixa de amar. Assim, se um casal "simplesmente não ama mais um ao outro," nada pode ser feito exceto obter um divórcio. Mas quando percebemos que podemos decidir amar, percebemos também que podemos pôr amor num casamento. E se fracassamos em pô-lo, pecamos.

Cristo iniciou o amor pela igreja quando éramos pecadores e não agíamos amorosamente para com ele, assim é a responsabilidade primeira do esposo iniciar o amor. O mandamento é ressaltado para o homem. Ele tem que amar a esposa primeiro e pôr amor na relação, como Cristo primeiro amou a igreja.

Romanos 5:6-8

“Porque Cristo, estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios.

Porque apenas alguém morrerá por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer.

Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.”

Cristo amou-nos enquanto ainda éramos pecadores, não porque éramos tão amáveis que ele não pôde se conter. Ele decidiu fazer o que precisávamos que fosse feito.

Lucas 6:27-28

“Mas a vós, que isto ouvis, digo: Amai a vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam;

Bendizei os que vos maldizem, e orai pelos que vos caluniam.”

Somos mandados amar nossos inimigos. Amar ao próprio inimigo é mais ou menos o que custaria pôr amor em alguns casamentos! Mas amamos inimigos, não porque incontrolavelmente "nos apaixonamos", mas porque decidimos fazer o que é melhor para eles. Logo amor é decisão!

A declaração "Eu simplesmente não o/a amo mais" é uma confissão de pecado! É preciso arrepender-se dela e corrigi-la como um ato da vontade!

Isto não exige um "sentimento" avassaladoramente romântico, que jorra e não pode deixar de ser expressado. Estamos discutindo o amor por decisão da vontade.

Podemos e devemos afirmar, pela decisão da nossa vontade: "Quero que você saiba que ainda te amo, estou empenhado neste casamento e em seu bem-estar."

 

2- Comprometimento com casamento.

Se sua perna começasse a doer muito, todos os dias e os médicos não descobrissem o motivo dessa dor, você aceitaria a opção de amputar sua perna?

Seu cônjuge é parte de você.

Mateus 19:5-6 “Deus ordenou: Por isso deixará o homem pai e mãe, e unir-se-á a sua mulher; e serão os dois uma só carne? Assim já não são mais dois, mas uma só carne. Portanto o que Deus ajuntou, não o separe o homem.”

Portanto divórcio e separação não são opções.

Romanos 7:2-3;

Porque a mulher que está sujeita ao marido, enquanto ele viver, está-lhe ligada pela lei; mas, morto o marido, está livre da lei do marido.

De sorte que, vivendo o marido, será chamada adúltera se for de outro marido; mas, morto o marido, livre está da lei, e assim não será adúltera, se for de outro marido.

Mateus 5:31-32; 19:3-9;

Também foi dito: Qualquer que deixar sua mulher, dê-lhe carta de desquite.

Eu, porém, vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de prostituição, faz que ela cometa adultério, e qualquer que casar com a repudiada comete adultério.

Então chegaram ao pé dele os fariseus, tentando-o, e dizendo-lhe: É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo?

Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Não tendes lido que aquele que os fez no princípio macho e fêmea os fez,

E disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão dois numa só carne?

Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem.

Disseram-lhe eles: Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio, e repudiá-la?

Disse-lhes ele: Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas ao princípio não foi assim.

Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de fornicação, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério.

1 Coríntios 7:10-11.

Todavia, aos casados mando, não eu mas o Senhor, que a mulher não se aparte do marido.

Se, porém, se apartar, que fique sem casar, ou que se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher.

O casamento é um compromisso para a vida inteira. Pode-se divorciar escrituralmente de um companheiro somente se ele ou ela tiver cometido fornicação. Se nos divorciarmos em desacordo com as Escrituras, temos que buscar reconciliação com nosso cônjuge ou permanecer solteiro. Novo casamento não é uma opção.

Obviamente, você não vai querer nunca que seu cônjuge cometa adultério, daí se segue que cada um tem que esperar sinceramente que o casamento continue.

Nos lares em crise é comum ouvir:

"Eu gostaria de nunca ter-me casado com você."

"Eu gostaria que você tivesse morrido."

"Eu deveria ter-me divorciado de você há muitos anos."

"Se isto não parar, vou procurar um advogado."

"Estou saindo, e não sei se voltarei."

Na ausência de base bíblica para o divórcio, todas essas afirmações são pecaminosas, porque destroem a segurança e o compromisso do casamento. Elas não exprimem amor, mas são usadas como arma para ameaçar e agredir o cônjuge.

 

  •  
  • 3-Dialogo / Discussão.

 

Disponha-se a dialogar.

Algumas vezes um cônjuge fica com tanta raiva que se recusa a conversar. Alguns homens pensam que têm o direito de tomar decisão sem discussão.

Eles têm completa aversão a D.R.

A bíblia fala que até nosso Senhor se inclina para nos ouvir, portanto a necessidade de comunicação.

As discussões aparecem em todo casamento, ter um casamento cristão não significa que você nunca ira discordar ou discutir com seu cônjuge, mas sim que você terá padrões para que essas discussões não passem de um limite aceitável e que sejam sempre para edificar.

Muitas discussões terminam sendo brigas, porque deixamos que o problema se torne uma oportunidade para atacar um ao outro. Discuta o problema para resolvê-lo, não para ferir os sentimentos um do outro.

Tiago 1:19

“Portanto, meus amados irmãos, todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar.”

Estabeleçam algumas regras saudáveis para a discusão:

 

  • A meta é reconciliar-se, não ferir as pessoas.
  • Nunca agridam fisicamente.
  • Seja paciente.
  • Esteja disposto a ouvir e analisar o ponto de vista do cônjuge.
  • Nunca discutam na frente dos filhos.

 

Cada casal pode criar suas regras.

 4- Perdão

A palavra grega traduzida como "perdoar" significa literalmente cancelar ou remir. Significa a liberação ou cancelamento de uma obrigação e foi algumas vezes usada no sentido de perdoar um débito financeiro. Para entendermos o significado desta palavra dentro do conceito bíblico de perdão, precisamos entender que o pecador é um devedor espiritual. Até Jesus usou esta linguagem figurativa quando ensinou aos discípulos como orar: "e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores" (Mateus 6:12).

Para nos prepararmos para perdoar, precisamos lembrar que nós mesmos somos pecadores e necessitados do perdão divino.

Colossenses 3:13

“Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também.”

Precisamos perdoar do modo que Deus perdoa. Como queremos que Deus nos perdoe?

Será que queremos que ele diga, "Já perdoei você bastante. Não me importa o quanto você esteja triste nem que tente muito, eu não perdoarei"?

Queremos que ele nos perdoe, mas depois fique jogando isso na nossa cara e usando-o como uma arma contra nós?

Ilustração: Quando tribos indígenas fazem as pazes, elas simbolizam isso enterrando um machado. O ponto é que todos sabem onde ele está, mas ninguém iria desenterrá-lo e usá-lo para ferir outros. Portanto, o perdão não significa que não estamos mais atentos ao que aconteceu. Significa que não usaremos mais isso para ferir a outra pessoa.

Provérbios 10:12

O ódio excita contendas, mas o amor cobre todos os pecados.

O ódio excita contendas, mas o amor cobre todas as transgressões. Como é sua família? Vocês se amam uns aos outros o bastante para admitir seus erros e então realmente perdoar! Como vocês querem que Deus os perdoe?

 

5- Principio das duas Salas.

Costumo usar essa ilustração para que algumas pessoas consigam enxergar aquilo que elas tem feito com seu próprio casamento e com suas próprias emoções.

Nossos pensamentos são uma poderosa força geradora de emoções e comportamentos que nos aproximam ou afastam de Deus, de nós mesmos e de nossos semelhantes.

Imagine seu coração como sendo um grande corredor e neste corredor existem várias portas que levam a salas secretas de suas memórias de seus sentimentos e emoções.

Vamos falar aqui de duas salas em especifico ligadas ao seu relacionamento: a sala da apreciação e a sala da depreciação.

Quando você estava conhecendo seu cônjuge você passava horas na sala da apreciação colecionando tudo aquilo que você achava importante naquela pessoa.

Você juntou diversos sentimentos e memórias para guardar nesta sala.

Com o passar do tempo você inaugurou uma outra sala em seu coração e nesta nova sala passou a guardar todas as mágoas todos os defeitos de seu cônjuge.

 

Quero que você olhe para seu cônjuge ou pense nele se ele não estiver perto de você.

Pense em cinco qualidades dele; pense em cinco momentos alegres que ele te proporcionou,

Agora pense em cinco defeitos; e cinco momentos de mágoa ou tristeza que ele te proporcionou.

Qual deles foi mais fácil de lembrar?

Por quê? Por que é bem provável que você tenha passado mais tempo ultimamente na sala da depreciação contemplando sempre as coisas ruins de seu cônjuge a cada discussão a cada briguinha.

Isso não quer dizer que você deve se fazer de bobo ou fingir que seu cônjuge é uma pessoa perfeita, mas sim que você vai parar de contemplar e dar tanto valor as coisas ruins e vai passar a contemplar todas as coisas boas todas as qualidades que te fizeram escolher dentre tantas outras exatamente essa pessoa para compartilhar sua vida.

Você com certeza perceberá que os defeitos dele ou dela são indiferentes se comparados com as qualidades. E você estará sempre enchendo mais e mais a sala da apreciação.

“Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade. Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós” (Colossenses 3: 12 - 13)

Além de lançar fora a “roupa velha” dos pensamentos e sentimentos maus, devemos “vestir-nos” de bons pensamentos e boas atitudes.

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